quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Corpo, mente e espírito não podem ser dissociados



Terapias holísticas tratam o doente e não a doença, tendo como finalidade alcançar o equilíbrio do todo.

A palavra holístico deriva do vocábulo grego “Holos”, que remete a ideia do todo, a totalidade. Por isso o conceito de visão holística indica a visão de algo por inteiro e não apenas as suas partes de maneira separada. O terapeuta ortomolecular Paulo Edson Reis Jacob Neto, presidente do Sindicato dos Terapeutas do Estado do Rio de Janeiro (Sinter-RJ), explica que a medicina tradicional trabalha com a visão mecanicista e também é influenciada pela relação de causa e efeito. “De acordo com esta abordagem as reações físicas tem como base apenas uma causa, diferentemente da visão holística”, aponta.

Paulo destaca que a abordagem mecanicista é a mais comum devido à crença de que esta é uma maneira mais simples de explicar e avaliar diversas situações, inclusive a saúde e as doenças que atacam o organismo. “O ser humano faz parte de um sistema energético, composto por elementos visíveis e elementos não visíveis que se mantém unidos entre si e não podem ser dissociados. A sociedade tende a dividir as funções – o médico cuida do corpo, os psicólogos da mente e os religiosos do espírito. As terapias holísticas buscam mudar esta realidade e perceber o homem em sua totalidade”, ressalta.

Outra confusão acerca da filosofia holística é em relação a aspectos místicos ou religiosos. O terapeuta holístico e psicólogo Joaquim Francisco Pereira da Fonseca, diretor e primeiro tesoureiro do Sinter-RJ, esclarece que a abordagem holística não está relacionada a nenhuma religião ou ao misticismo. “É apenas outra forma de olhar o corpo humano, o mundo e o universo. O indivíduo é tratado como um ser constituído de corpo, mente e espírito. Ele não pode ser dividido em partes, pois não existe todo quando alguma área fica incompleta”, destaca.

As terapias holísticas, entre elas a acupuntura, o shiatsu, a reflexologia, a nutrição ortomolecular e a naturopatia, tem como finalidade auxiliar na cura do paciente como um todo e não apenas eliminar determinados sintomas. “A busca pelo equilíbrio energético, a harmonia da mente e do espírito com o corpo tem como estratégias as terapias manuais, aquáticas, de movimento e de vibração, massagens, controle mental, respiração, meditação, técnicas com base na medicina chinesa e até de métodos de correção de postura”, pontua Fonseca.

As doenças são vistas de outra forma pelos profissionais holísticos, que entendem as enfermidades como rupturas no sistema energético do organismo. Quando o fluxo de energia é bloqueado começam a surgir problemas, sejam eles físicos ou psicológicos. “Pensamentos negativos e memórias traumáticas podem se transformar em inúmeras doenças, desde alergias e dores de cabeça até tumores, câncer, problemas ósseos e orgânicos. A remoção do bloqueio energético o pensamento ou a memória perdem seu peso emocional e o fluxo volta ao normal”, enfatiza o psicólogo.

Não existe apenas um sistema energético que compõe o ser humano, mas múltiplos sistemas que interagem entre si e se influenciam. O terapeuta holístico consegue entender o indivíduo como um todo e ainda compreende as leis naturais que regem as manifestações no relacionamento entre corpo, mente e espírito. “Assim fica mais fácil entender a razão pela qual o termo holístico se refere a um segmento do conhecimento que visa estabelecer ligações entre os limites das ciências físicas, humanas, biológicas e espirituais”, acrescenta Fonseca.

O grande diferencial das terapias holísticas é que elas tratam o doente e não a doença. Buscar as causas é mais eficaz do que mascarar as suas manifestações. Ao eliminar um sintoma, como uma febre ou inflamação, as causas são ignoradas e provocam reações cada vez mais intensas e graves no indivíduo. “É fundamental encontrar todos os fatores envolvidos, sejam eles emocionais, mentais, físicos ou energéticos e as relações que eles podem ter entre si para identificar as condições que levaram ao surgimento da patologia”, finaliza Paulo.

O Sindicato dos Terapeutas do Estado do Rio de Janeiro (SINTER-RJ)
Fone: (21) 2567-3307 / (21) 8485-6730
Rua Carmela Dutra, 61. Tijuca - Rio de Janeiro/RJ

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