segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cuidado na hora da massagem



Mexer na musculatura de alguém sem ter o treinamento adequado pode agravar a dor e piorar problemas de saúde já existentes

Ajudar quem está com dor nas costas oferecendo uma massagem pode ser uma boa demonstração de solidariedade, mas nem sempre é uma boa ideia.

É preciso prestar atenção: nem todas as áreas do corpo estão liberadas para quem é leigo no assunto e outras são praticamente proibidas, caso a massagem não seja feita por um profissional treinado para tal.

A fisioterapeuta Samantha Sanches, diretora da clínica Master Fisio, em São Paulo, orienta sobre quais áreas do corpo que devem ser deixadas para as mãos de quem entende do assunto: face anterior do tórax, pescoço, abdome e plantas dos pés.
“A região posterior do tronco é uma área mais adequada para receber algumas manipulações tidas como relaxantes, e que podem ser realizadas por leigos. Em caso de doenças prévias estabelecidas no local, mesmo as manipulações leves são contraindicadas”, diz ela.

O risco maior ocorre nos casos de doenças pré-existentes que estão ligadas à dor sentida pela pessoa.

“Em casos específicos de doenças como tumores, inflamações de articulações ou estruturas, a massagem realizada por um leigo pode levar a intensificação do problema, por aumentar a circulação sanguínea no local e nas proximidades”, enfatiza Samantha.

Para o coordenador do Setor de Fisioterapeuta do Instituto Cohen de Ortopedia, Maurício Garcia, a dica para fazer uma massagem sem colocar em risco a saúde do outro, quando não se tem domínio da técnica, é usar as mãos espalmadas.

“Quando tivermos a ideia de massagear o colega, a namorada, o cônjuge, o melhor seria usar as mãos mais espalmadas sem nenhum tipo de massagem mais profunda e sempre buscando a reposta do outro sobre se o toque está ou não confortável”.

A massagem...
•Atua nos músculos, podendo relaxá-los ou estimulá-los
•Aumenta a nutrição da musculatura em virtude de um maior aporte sanguíneo no local
•Melhora o funcionamento do sistema linfático, esvaziando os ductos coletores de linfa e melhorando assim o processo circulatório
•Age principalmente no sistema parassimpático, relaxando e regulando a liberação de mediadores químicos como, por exemplo, a ocitocina


Marianne Scholze , especial para o iG São Paulo

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